O masoquista

Ela ordenou que me ajoelhasse,
Gostaria de retribuir,
Sensível apenas gozo com sua violência noturna
Sou um doente,
Espanque-me! Até que não mais suporte
e perca os sentidos.

Trevas em corações famintos
Desbravando um universo particular,
Pervertido,masoquista,rotulado e suicida
Antecipando-se ao golpe com mãos atadas por látex .

A futilidade cuspida e toda hipocrisia,
Em um mundo decomposto morrer é a única saída
Sou um sacerdote aprisionado
Aguardando então que o segredo se revele,
Sagrado o falo penetra tão fundo em tua maciez de Eva machucando.

Estenda-se na cama
Deixe entrar novamente com mais ânsia de poder Agora suave,
Cavalgue!Ao limiar das fronteiras estabelecidas
Abraça-me,abraça-me com longas pernas e cinta-liga
Eis que o grito morrerá entre quatro paredes
Ressucitando a cada estocada,olhe para cima e ore por nós,
Ais,lágrimas e suor misturam-se na disputa por mais prazer.

O vazio irá atingir meu coração,
Irei chorar até não poder abrir os olhos como flores no outono,
Em minha alma é sempre monocromático o dia esvaindo-se,
Sem tua presença apenas vegeto ansiando pela dor,
Masturbando-me frígido frente ao espelho,
Sêmen coagulado derramando-se longe de quem amo,é tão triste.